Festa ecológica para bebês

mesa ecológica e saudável para festa infantil
Do convite à lembrancinha: numa festa ecológica, tudo deve ser pensado para provocar o mínimo impacto e ser bem utilizado na festa. Todos os detalhes fazem a diferença e dão graça à decoração. Não basta separar o lixo para reciclar, o cardápio também deve ser saudável e sempre que possível com ingredientes orgânicos e naturais.

Princípios para uma festa ecologicamente correta:

– copos, pratos e talheres reaproveitáveis/ laváveis ou biodegradáveis;
– decoração reciclada ou no mínimo reciclável;
– lembrancinha útil, sem excesso de embalagem;
– reduzir impressões (inclusive do convite), reduzir plástico ou o que não for reciclável;
– reduzir e separar o lixo;
– evitar desperdício de comida (distribuir e/ou congelar as sobras).

Numa festa para bebês, vale observar se os produtos e embalagens utilizados são atóxicos e seguros (não são frágeis, quebráveis, que possam causar algum acidente). O ambiente deve ser seguro para os pequenos. Deve haver estrutura para atender a demanda dos bebês e seus pais (pelo menos um trocador). Deve haver espaço para as crianças brincarem. O cardápio pode ser de acordo com a dieta dos bebês – com alimentos saudáveis, orgânicos, sem açúcar.

 

Como fizemos a festinha

Já contei um pouco como ficamos felizes em organizar a festa de primeiro aniversário da Dora. Agora, mais detalhes:

Convite
O convite foi virtual. Primeiro um teaser ou save the date com a foto da aniversariante para os convidados se programarem e não viajarem ou voltarem mais cedo no feriado. Depois um convite via Facebook, criando o evento na agenda – é legal porque é possível gerar lembretes e fazer publicações privadas para o grupo de convidados e bom para checar o RSVP (pedindo com carinho a margem de erro é pequena).

pompons de papel de seda e lanternas chinesas

pompons de papel de seda e lanternas chinesas

Decoração
Nada de balão, apenas pompons de papel de seda, algumas lanternas chinesas de papel e detalhes em pompons de retalhos de lã. O balão estoura, o barulho assusta os menores e sua composição não é biodegradável – as partículas que caírem no jardim por ali ficarão.

Com parte da sobra do papel de seda, fizemos um painel de bolinhas para ficar atrás da mesa do bolo. As bolinhas costuradas em tiras presas na vertical (mas soltas embaixo), dão movimento e graça. Sendo em papel de seda, melhor costurar à mão. Se passar na máquina, todo o cuidado é pouco para rasgar – se colar uma fita adesiva, pode facilitar, mas perde o caráter mais ecológico. Em papel de maior gramatura fica mais resistente, seria mais fácil de costurar e pode ser aproveitado para mais festas.

A cortina de fitas foi do nosso casamento, reaproveitada. Assim como as toalhas de mesa eram de algodão costuradas pela vovó e já utilizadas em outras festas. Na decoração da mesa do bolo, colocamos duas corujinhas confeccionadas artesanalmente em feltro.

Bebidinhas
As suqueiras foram alugadas (em Porto Alegre, na UT Locações). Numa colocamos suco de uva (lá é fácil encontrar sem açúcar, sem conservantes e até mesmo orgânico), na outra chá de maçã com canela gelado, feito em casa com maçã seca.

suqueira e garrafinhas

Uma jarra com água, outra com água saborizada (feita em casa), ambas de vidro.

Para beber, oferecemos alguns copos em vidro, compramos copos de papel descartáveis e disponibilizamos outros vidrinhos (potes e garrafinhas) reaproveitados de embalagens de leite de coco ou geleias para tomar com canudinho de papel. Os copos descartáveis compramos lisos (mais baratos) e decorados no tema da festa. Para não haver desperdício, colocamos um bilhete em papel reciclado pedindo que as pessoas identificassem e cuidassem dos seus copos, disponibilizamos canetinhas hidrocor e colamos adesivos de papel nos vidrinhos para as pessoas escreverem seu nome. Atenção aos canudinhos de papel: não são tóxicos, são degradáveis, são lindos, mas são bem menos resistentes que os copos do mesmo material – facilmente se desmancha, se deixar o bebê brincar, vai comer papel.

canudos e copos

Copos e canudos podem ser encontrados na Rua Barão de Duprat, em lojas perto do estacionamento do Shopping 25, na região da 25 de Março em São Paulo. Os copos decorados são da Magazine 25, que, apesar do nome, fica na Senador Queiroz, bem pertinho da saída da linha amarela da Estação da Luz do metrô.

Comidinhas
Para as crianças/bebês (oferecemos mousse de cacau sem açúcar e sagu de uva natural sem açúcar), compramos colheres pequeninhas de bambu diretamente dos artesãos na feira de domingo da Liberdade (observem na foto principal). Custou R$ 0,60 cada uma, com a vantagem de não ser quebrável, não ter BPA nem toxinas do plástico, ser leve e, diferente da madeira, não proliferar bactérias (pode usar de novo), além de que o bambu é uma planta de rápido crescimento. As colheres de madeira vendidas para festas custavam mais de R$ 1,00 cada.

Talheres para os adultos eram colheres e garfos de verdade, laváveis.

pratos descartáveis de papel

Bandejas e pratos de servir eram de papel, assim como os pratos decorados para servir o bolo, também da região da 25. Os pratos decorados com coruja estavam mais baratos (e foram comprados) na loja de confeiteiro Central do Sabor, na Rua Paula Souza, 190 (mesma região).

Da Ultrafest, os pratinhos são de papel certificado de origem 100% de reflorestamento. Compramos no Magazine 25 dois suportes para cupcake em formato de árvore, também em papel, mas bem resistente, que podem ser usados mais vezes.

De lá, também trouxemos forminhas de papel para os docinhos sem açúcar decoradas e quadradinhas – que são mais resistentes e não grudam no doce, evitando que os bebês comam papel. E também palitos de coruja (em papel e madeira) para decorar os muffins de banana. Eu dispensaria as forminhas de papel, principalmente aquelas tradicionais de brigadeiro, que grudam nos doces e podem ser engolidas pelos bebês. Quanto mais puder reduzir as embalagens, mais respeita o meio ambiente. Deu super certo servir os cachorrinhos de legumes soltos nos pratinhos.

Lembrancinhas
Também da Ultrafest a embalagem das lembrancinhas, pequenas valises de papel decorado, que preenchemos com frutas secas (sem açúcar, compradas na Zona Cerealista de São Paulo).

lembrancinha

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