Fazia tempo que eu queria experimentar uma receita bacana de massinha caseira. Mas eu nunca usei corante alimentício e, quando solicitei ao marido comprar, ele me apareceu com mais farinhas: de cenoura, de beterraba, de morango e de amora. A receita que eu tinha deveria ir ao fogo, a beterraba parecia um polvilho, ficava tudo grudento, não tinha jeito. Até que conseguimos brincar e fazer um pãozinho bem puxa-puxa de beterraba no forno no final.
Então encontrei uma receita sem qualquer orientação de cozinhar. Só misturar bem, amassar e armazenar bem. Fácil demais!
Adaptei para minhas farinhas, dividindo a quantidade de ingredientes pela metade e substituindo uma xícara de farinha de trigo pela de beterraba. Funcionou! Fiz de beterraba e de morango.
Para a de morango, precisei adicionar farinha de trigo a olho até ficar num ponto bom. Para a de beterraba, as xícaras de farinha de trigo podem ser rasas, pois sobrou um pouquinho de farinha na mistura. A que deu certo foi feita assim:
1 xic farinha
1 xic farinha de beterraba
3/4 xic água
1/4 xic sal integral (originalmente iria 1/2 xícara)
1 colher de chá de óleo (usei azeite de oliva)Mistura à mão, nem leva ao fogo.
Reduzi o sal porque usei sal integral, que é mais graúdo e forte. Desconfio que a de morango não deu certo porque nessa coloquei só uma pitada de sal em vez de 1/2 ou 1/4 de xícara… Comecei a pensar no sabor, que perderia a doçura do morango. Mas é pra brincar, não pra comer. E as gurias nem colocaram perto da boca! A função do sal é conservar a massa – e nessa quantidade o sabor fica ruim mesmo, para não incentivar comer. O cheirinho é naturalmente agradável, tanto o de morango quanto o de beterraba.
Se alguém não puder usar algum dos ingredientes, adapte. Tenho quase certeza de que funcionaria com farinha de arroz. E não é necessário usar corantes, que podem ser alergênicos. Em empórios (quase todos da Zona Cerealista, em São Paulo), há lindos potes coloridos com diversos tipos de farinha.
A Dora amou, podia passar horas brincando. Deixei que ela, aos 2 anos e pouco, e sua amiga Tatá, um ano mais nova, pegassem tiras de macarrão cru para brincar junto. Tínhamos capellini, a massa mais fininha de todas. Da combinação saíram braços, cabelos e velas de bolo.
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