Embalagem do lixo

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Quando paramos para refletir sobre o lixo, parece não haver solução a não ser mudar de planeta, como me disse uma amiga esses dias. Reduzir é o segredo se estamos preocupados com essa questão. A forma mais eficaz possível para gerar menor impacto ambiental é cortar a fonte e não gerar lixo. Ou seja, em vez de tomar suco de caixinha ou garrafa, fazer o seu suco, aproveitando até a casca ou adubando a terra, fazendo compostagem com o lixo orgânico gerado. Para o lixo da cozinha, a composteira é uma ótima solução. E quando falamos em fraldas?

As fraldas de pano são duráveis e reutilizáveis, solução para gerar menos lixo. Os paninhos também, que podem substituir algodões ou lenços umedecidos. As fraldas descartáveis biodegradáveis, que teoricamente se decompõem em 5 anos, podem ser utilizadas por várias horas num bebê grandinho. No verão e no desfralde, o bebê pode ficar peladinho em casa ou só de calcinha/cuequinha.

O que fazer se gerarmos lixo, como armazenar e descartar esse lixo? Vamos reduzir sacos de lixo também!

Tenho pavor de sacolas dentro de sacolas, dentro de outras sacolas… Parece que aquele lixo está tão protegido que nunca irá se decompor. Perguntei a três ou quatro biólogas e engenheiras químicas, mas não obtive uma resposta definitiva sobre o fato de uma sacola dentro da outra atrasar a decomposição de seu conteúdo. Vamos lembrar que no caminhão de lixo muitos sacos grandes já se abrem, mesmo assim aquele plástico continua lá.

No condomínio onde moramos, há lixeiras com sacos de lixo em todos os andares para lixo orgânico. O lixo ali depositado deve estar embalado, pois eles fazem o possível para reunir os lixos, mantendo aquele saco na lixeira por mais tempo. Como não posso simplesmente pegar o cesto de lixo e despejar diretamente ali, procuro evitar acumular um saco dentro do outro em casa e utilizar uma embalagem de fácil decomposição. Assim, o lixo de fraldas pode ser embalado com o lixo de banheiro, por exemplo.

Para a lixeira das fraldas, fora as sacolas oxi-degradáveis, que são feitas para se desmanchar no meio ambiente (em alguns meses no sol, observe ela se desfazer em pedaços), mas não necessariamente deixam de ser tóxicas para o meio ambiente (elas não deixam de existir), prefiro usar:

– a embalagem das fraldas (as Wiona no Brasil estão vindo em sacos biodegradáveis, feitos de milho);
– o saco de papel da padadria, geralmente pardo (são perfeitos para embalar de uma a três fraldas, depende da capacidade, e no geral não seriam reciclados, porque além de muito amassados às vezes ficam também engordurados);
– uma dobradura com papel jornal, se temos jornal em papel em casa.

Para fazer a dobradura, o passo-a-passo é este aqui. No entanto, com o tamanho do papel dos jornais do Sul do país ou dos distribuídos gratuitamente na rua (tipo tablóide), o embrulho se torna pequeno para mais de uma fralda suja e frágil para uma fralda pesada, bem recheada.

O saco de papel de pão foi, por enquanto, a melhor alternativa para se livrar do cheiro do cocô matinal na fralda noturna no quarto. Já na casa da vovó, quando usamos fralda descartável, ela vai direto para a lixeira grande de lixo orgânico, sem precisar de embalagens menores. Pena que esses sacos grandes dificilmente são ao menos oxi-degradáveis.

Como é o descarte do lixo na sua casa?

Leia mais:
O lixo que não se desfaz – por EcoMaternidade
Sem desperdício – pensando nos mínimos detalhes

Lembrancinha: esfoliantes

esfoliantes
Uma boa ideia de lembrancinha para um chá de bebê (ou “chá de fraldas”) é presentear a mulherada com um esfoliante feito por você. Eu fiz potinhos de esfoliante orgânico para os pés para as mulheres da família no último Natal. Testei antes e adorei, pois é uma receita simples, que também hidrata. Perfeita para o verão.

Para embalar, usei:
– potinhos de vidro pequenos de papinhas do meu sobrinho;
– retalhos de tecido que tinha em casa para cobrir a tampa;
– fita barbante para amarrar;
– etiqueta para identificar e deixar um recadinho.

Ingredientes:
– 3 xícaras de açúcar;
– 1 xícara e 2 colheres (sopa) de óleo de boa qualidade;
– 10 gotas de óleo essencial bem cheiroso.

Usei um açúcar cristal orgânico, o azeite de oliva Andorinha orgânico e o óleo essencial de hortelã mentha arvensis (ou hortelã-pimenta) da Herbia. Basta misturar todos os ingredientes e colocar nos potinhos. Não precisa guardar na geladeira, a não ser que você não consiga fechar bem a tampa e tenha muitas formigas em casa.

É uma receita segura para gestantes, por isso é legal como lembrancinha para o chá. Ou, a quem interessar, pode ser um projeto de brinde para o Dia das Mães! Se o barrigão não permitir alcançar o calcanhar, peça ajuda para alguém massagear seus pés.

Mais esfoliantes
Aprovado o esfoliante para os pés, experimente outros esfoliantes caseiros e naturais! O rosto é sempre mais delicado, por isso o peeling pode ser feito apenas uma vez por semana.

Pronto para o rosto
Se não quiser arriscar, o melhor e mais natural esfoliante para o rosto (industrializado) que testei foi o da Surya Brasil, da linha Sapien Women – a cor de argila pode assustar a quem não está acostumado com cosméticos naturais, mas o cheiro é incrível.

Sem desperdício
Você pode aproveitar um shampoo infantil que não esteja usando no seu bebê e lavar o rosto com ele e uma pequena quantidade de borra de café para fazer a esfoliação semanal.

Para o rosto e corpo
Essa receita não testei, mas é indicada para o rosto e corpo – só não é vegana: fazer uma mistura homogênea com farinha de milho (fubá) e mel, aplicar nas partes onde quer esfoliar. Pode ser com mel e açúcar. Recomenda-se lavar antes o rosto com água morna para abrir os poros. Depois, enxaguar com água fria para fechar.

Saiba mais:
Sementes de lembrancinha
Para as mamães relaxarem
Os rótulos dos cosméticos
Shampoo da cabeça aos pés

Experimentei: saquinhos para lanche

candytree
Tive o prazer em testar dois tamanhos de saquinhos reutilizáveis da Candy Tree. São as reusable snack & everything bags Snack Happens, da Itzy Ritzy, nos tamanhos 17.78cm X 17.78cm (grande, de 7″) e 17.78cm X 8.9cm (kit de duas embalagens pequenas). Com fechamento em zíper, impermeáveis, laváveis, os estojinhos para comida e tudo mais são seguros para alimentos, livres de ftalatos, PVC ou chumbo.

MonkeyMania

As estampas são lindas. A Dora ficou encantada com os macaquinhos do estojo maior. O desenho se chama Monkey Mania. No Instagram da Candy Tree, vocês podem ver outras estampas adoráveis também!

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Aproveitei um final de semana de viagem para fazer o teste. O menor não é tão pequeno assim: pude colocar todos os biscoitos de banana que fiz (receita com quatro bananas, eram quase 20 biscoitinhos). Na peça gêmea, coloquei frutas secas. No saco maior, que pode comportar um sanduíche (em pão de sanduíche quadrado grande), resolvi levar muitos biscoitos de arroz, para não precisar levar o pacote inteiro.

Fiquei impressionada com o forro. É uma espécie de “korino”, couro sintético, muito fácil de limpar. Outros saquinhos que já improvisei para fins semelhantes, como os de fralda suja, absorventes de seio ou duas necèssaires que já separei para carregar talheres, babeiro ou frutas não eram tão práticos – mesmo os impermeáveis eu lavo na máquina. Os novos posso limpar com esponja e detergente!

forro

Como é fofinho e impermeável, você pode usar para guardar iPod, Kindle, maquiagem, acessórios do bebê e, por que não, comidinhas. No final da viagem, o copo anti-respingo da Dora vazou (pra variar) dentro da bolsa, no mesmo canto de um dos saquinhos, que resistiu sem molhar o conteúdo. Aprovado nesse quesito.

Todavia, recomendo mais para lanches do mesmo dia e frutas frescas com casca. O fechamento em zíper não é equivalente ao fechamento a vácuo, como o dos sacos zip. Enquanto os biscoitos que ficaram em casa na embalagem original aberta (tipo saco zip) continuaram crocantes, os que levamos murcharam em 24h, infelizmente.

Mesmo assim, fiquei muito feliz em ocupar bem menos espaço na bolsa com os saquinhos do que com os potes, que na volta carregaria vazios, tomando o mesmo espaço. Sigo usando com frutas secas e talheres.

O que fazer com os biscoitos de arroz?
Colocar um pouquinho no forno. Ficam até mais crocantes do que antes. Só não façam como eu, que deixei no timer e fui trocar uma fralda: queimaram.

Saquinhos gentilmente cedidos pela Candy Tree – muito obrigada, adoramos 🙂

Experimentei: linha Lippia Alba (para os cabelos)

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Gestantes, principalmente, devem tomar cuidado com os produtos de beleza e higiene que utilizam, uma proteção ao bebê. Mamães, também. Eu agora tomo banho ao mesmo tempo que a Dora – seja no chuveiro e a Dora na banheirinha dentro da banheira, ou dando banho com ela no colo. A espuma do meu shampoo às vezes vai longe e pode cair na água dela ou até nela. Por isso cuido para que meus produtos sejam sempre que possível naturais e seguros.

Há cerca de um mês, comecei a usar a linha Lippia Alba, da Herbia. O rótulo recém foi remodelado e está lindo. As embalagens do shampoo e do condicionador são invertidas: isso não é um erro, é muito bem pensado. O shampoo, que é mais líquido, mais usado e não deve ser desperdiçado, fica “de pé”, com a tampa pra cima. O condicionador, mais cremoso e espesso, fica de “cabeça para baixo”, com a tampa na base, para descer bem e ser bem aproveitado.

Meus cabelos são mistos, mais para oleosos, então adorei. A sensação de cabelos limpos começa no perfume – cheiro “verde”, natural e refrescante da erva cidreira, como também é conhecida a verbena brasileira. Lembra o creme de mãos Folhas Mágicas (feuilles magiques ou magical leaves), da L’Occitane en Provence, com verbena (Lippia Citriodora Leaf extract) e alecrim, que infelizmente parece ter sido uma edição limitada que não foi mais lançada. O perfume é bem mais marcante que o shampoo de lavanda e verbena branca da Herbia, dura mais nos cabelos também. Aliás, tal como a lavanda, a verbena tem propriedades calmantes.

Gosto de usar duas vezes o shampoo e bem pouco condicionador (nas pontas). Mas já usei uma vez só o shampoo (banho corrido de mãe) e funcionou. Lava bem, sem ressecar. Geralmente acho os condicionadores voltados a cabelos oleosos fracos e pouco eficientes, mas não é o caso deste. Tanto que o fabricante recomenda usar a partir de 3cm de distância do couro cabeludo.

Testei em dias secos e dias úmidos. Em banhos longos e curtos, com água bem quente. Mudei o corte. Tudo certo, aprovadíssimo. E rende bem. Recomendo para gestantes, lactantes e todos que quiserem experimentar, mesmo os papais. Não é exclusividade feminina!

Além de tudo, não testado em animais.

Leia também:
Por que prestar atenção nos rótulos
Produtinhos para as mamães
Banho de mãe
Banho do bebê

Pacotes de presente

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Já repararam no excesso de embalagem em quase tudo que consumimos? E nos pacotes de presente? Um exemplo bem comum: o produto vem embalado numa caixa, que por sua vez está lacrada com uma embalagem plástica; ganha um saquinho de presente cheio de enfeites, que é levado dentro de uma sacola. Não precisa de tanta coisa para o pacote ficar bonito!

Trago três sugestões de pacotes de presente para este Natal:


1. Papel pardo (kraft)

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Essa embalagem é boa de fazer com criança ou para bebês. A criança pode desenhar sobre o papel. Os bebês vão adorar abrir e rasgar o pacote. Vejam como pode ficar elegante. Eu adoro colecionar fitas mimosa ou pedaços de fita. Apenas uma fita bem colorida e bem amarrada, com um laço bonito é o suficiente para deixar o presente lindo e chique. Ou uma folhinha pra decorar.

O papel pardo ou kraft natural é vendido em rolo. Atualmente, um rolo de 80g, com 60cm de comprimento, com 150m, custa uns R$ 40,00.


2. Sacola de papel pardo (kraft)

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Não precisa de um pacote de presente dentro da sacola, ela já é a embalagem. Para finalizar e fechar, você pode usar um prendedor de roupa de madeira, que você mesmo pode decorar. Você pode prender um cartãozinho de Feliz Natal com o prendedor, que terá vários usos depois: prender pacotes de alimentos, pendurar desenhos num varal ou mural vivo, deixar a criança usar a criatividade.

Fácil de encontrar. Cada unidade do tamanho médio (tipo A4) na papelaria do bairro custa R$ 2,00.

Me inspirei em uma loja de produtos infantis do Itaim, em São Paulo, onde minha irmã adora comprar presentes para a Dora. Eles ainda usam um pacote plástico da loja, que eu acho totalmente desnecessário, porque fecham com um prendedor lindo decorado e colocam numa sacola de papel.


3. Tecido

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Essa técnica de dobradura de tecido para fazer um pacote de presente é chamada de furoshiki. É quase um origami, não precisa de costura e é bem simples de fazer. Na minha opinião, é a embalagem mais sustentável, porque não gera lixo – pode ser reaproveitada inúmeras vezes. Se o presenteado não quiser embalar outros presentes assim, pode usar a criatividade para usar o pedaço de pano. A relação custo-benefício não é questionável.

Para a maioria dos presentes, o tamanho médio deve ser um tecido de aproximadamente 60 x 70cm. Ou seja, dependendo do comprimento da peça (que costuma ser perto de 1,40m), você leva pouco mais de meio metro (o mínimo que as grandes lojas de tecido costumam vender) e já embala dois presentes. Se escolher um tecido nacional 100% algodão em saldo, cada pacote te custará até menos do que qualquer sacolinha de papel e ficará bem mais elegante.

Em São Paulo, tenho duas lojas preferidas de tecidos. A Fernando Maluhy é um grande fabricante e revendedor de tecidos de algodão – de onde você vê a maioria das estampas das feirinhas de artesanato. Abre só durante a semana, são bem organizados e ocupam dois andares do topo de um prédio da 25 de março, com entrada pela Basílio Jafet, numa esquina quase em frente da Ladeira Porto Geral (bem pertinho da saída do metrô, no quarteirão dos tecidos). A Center Fabril abre aos sábados, tem variedade de tecidos (assim você não precisa ir na 25 e no Bom Retiro para comprar), preço bom e são bem atenciosos. Fica embaixo do Minhocão, pouco antes do túnel que vai para Pompeia (sentido Centro-bairro).

Vou aderir a essa técnica em grande parte dos presentes deste Natal. Veja como fazer neste link ou com este vídeo:

Dia Mundial da Alimentação

No Dia Mundial da Alimentação, neste 16 de outubro, recebi da DM9 Sul um prato 20% menor. É uma iniciativa da campanha Prato Consciente, da Ecobenefícios, para evitar o desperdício. Eu adorei o prato e a embalagem, que era reforçada com papel jornal picado (em vez das clássicas bolinhas de isopor, raramente recicladas). A Dora curtiu mais o flyer – ela se diverte tanto com um pedaço de papel!

Domingo passado, na feira orgânica do Parque da Água Branca, presenciei uma atitude muito legal do feirante. No momento que comprei um maço de beterraba, ele já me perguntou se queria levar as folhas e doou as folhas do meu maço no mesmo momento para outra menina. Provavelmente foi sorte daquela menina estar ali, mas fiquei feliz que já do princípio as beterrabas foram bem aproveitadas.

Vocês já pensaram como ensinar seus filhos a comer tudo, “raspar o prato” ou não “se servir com os olhos”? Temos que começar dando o exemplo.

Assistam ao vídeo, que é bem bacana: